as amoras ainda estão verdes
por que colhê-las?
e de onde vem essa sede
por antes do tempo comê-las?
não construa muros
entre nós
que os ventos e sussurros
deixem-nos a sós
esse amor ainda é seu
e tudo o que quiser no mundo
sei que lá no fundo
seu olhar sempre foi meu
por isso não entendo o medo
e sei que pra cantar vitórias
ainda é cedo
tudo o que vivi foram estórias
a única coisa que há de real
é essa coisa chamada você
cuja amadurecida paixão leal
me fez lhe querer
faz dez anos, melhor amigo
e quando vejo me ama
durante a noite me chama
e nos sonhos me dá abrigo
como demorei a enxergar?
fui eu que perdi o rumo
só não me deixe de amar
fui eu que formei o muro?
para vê-lo tocar o violino
transformo em linda poesia
o primeiro amor do menino
nessa triste noite fria
quem sabe, meu coração
precise de tempo
mas o tempo não esperar em vão
ele exige um sinal de alento
por que de repente esquiva-se?
e secamente me responde
não, não sei o que me esconde
só peço, por favor, "permita-se"
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